A obesidade tem sido tema de filmes, pesquisas e sua escalada preocupa profissionais da saúde e sociedade. Os números não param de crescer e, junto com eles, fica claro que, ainda faltam informações concretas sobre a doença e conscientização dos pacientes.
Após muita controvérsia, em 2013, a American Medical Association, uma das organizações médicas mais influentes do setor, declarou, durante sua então reunião anual, que a obesidade é uma doença. Apesar de a discussão já existir desde a década de 80, o reconhecimento da AMA foi considerado um marco na medicina, dada a sua importância em impactar a sociedade, a comunidade médica e os governantes de modo que todos reconheçam o problema e facilitem o acesso aos tratamentos para os pacientes de todas as camadas sociais.
O obeso é portador de um excesso de gordura e sua condição de saúde é complexa. Estão envolvidos diversos fatores que vão desde os hábitos de infância e gerações, tensões emocionais, grande oferta de alimentos ruins e um estilo de vida totalmente inadequado, sem práticas de atividades físicas, além de pouca informação.
Informação sobre a obesidade
Pesquisas recentes mostram que mais da metade das pessoas obesas não sabe o que é obesidade, e também não se considera obesa. Essa falta de informação sobre a doença e os perigos associados a ela, são considerados os grandes obstáculos à solução da questão. Por isso, procurar um médico que possa investigar qual é a real situação do indivíduo é fundamental para iniciar a jornada rumo ao tratamento.
É importante que o paciente esteja disposto a ouvir a equipe de especialistas, aceitar a opinião profissional e lembrar que cada organismo é um caso diferente, por isso, as necessidades específicas e dúvidas de cada um devem ser levadas em conta na hora de escolher o tratamento.
Para não esquecer, anote todas as dúvidas antes de realizar uma consulta e procure fazer perguntas diretas sobre o problema.
Tratamento para a obesidade
Há diversas formas de tratar a obesidade, depende muito do grau de desenvolvimento da doença e do histórico do paciente. A obesidade não tem cura, mas tem tratamento, e, independente do tratamento escolhido pelo médico, o acompanhamento do caso começa no momento em que o paciente procura ajuda.
Seja dieta, utilização de remédios ou cirurgia bariátrica, o paciente precisará passar por uma mudança significativa de hábitos, o que exige sua participação ativa para o sucesso do tratamento. O papel do médico responsável ou mesmo de uma equipe profissional multidisciplinar é fundamental para detectar os fatores que possam interferir de forma negativa nos resultados pretendidos.
A história do paciente será usada para estabelecer um plano de dieta para identificar distúrbios mais graves do comportamento alimentar que não costumam ser expostos pelo paciente. Procure ser honesta consigo e com seu médico, essa parte é importante para que os resultados possam ser positivos.
A ocorrência de episódios de compulsão alimentar, comer noturno ou ingestão de alimentos em excesso como fuga para situações emocionais devem ser explorados e tratados com cuidado. Muitos pacientes procuram uma solução definitiva no tratamento da obesidade, mas, estudos mostram que os maiores índices de sucesso para casos de obesidade são obtidos quando o médico indica diferentes frentes de tratamento multidisciplinares: endócrino, nutricional, psicológico e físico.
Acompanhamento Multidisciplinar
A equipe de especialistas da obesidade tem o dever de apoiar e ajudar o paciente dia após dia em suas dúvidas, medos, anseios e dificuldades que aparecem com frequência durante esse tipo de tratamento, que é sim, muito difícil.
Sintomas de depressão são frequentes em pacientes obesos. A desmotivação durante o tratamento é comum e, muitas vezes, é resultado do próprio excesso de peso que ainda não foi eliminado.
Uma autoimagem negativa e a baixa autoestima dificultam os relacionamentos sociais, interferem no comportamento sexual e são fatores importantes que levam à sensação de impotência perante às mudanças que o paciente precisa realizar.
Cabe à equipe de multidisciplinar identificar esses problemas e, ao permitir que o paciente expresse seus sentimentos e suas dificuldades, conquistar sua confiança e incentivá-lo a ter uma visão mais otimista do problema. Além de motivar o paciente, oferecer suporte para que as mudanças possam realmente acontecer é de extrema importância para o sucesso do tratamento. A equipe multidisciplinar responsável pelo tratamento pode ajudar no suporte psicológico, inclusive indicando o paciente para uma equipe especialista.
O tratamento não acaba quando o paciente emagrece
Depois que os pacientes percebem os primeiros resultados, muitos abandonam os consultórios. Muitas vezes, após dietas restritivas ou procedimento cirúrgico, ocorrem mudanças no metabolismo, falta de vitaminas, alterações hormonais etc. Essas alterações devem ser acompanhadas de perto pelo médico e toda a equipe que iniciou o tratamento.
O processo deve continuar como acompanhamento para evitar que o paciente não volte ao peso anterior. É papel da equipe informar ao paciente que a predisposição para ganhar peso é um problema crônico e que continuará sempre em acompanhamento quando se trata de novos hábitos alimentares e atividade física.
Os mesmos esforços utilizados na fase inicial devem ser seguidos na fase pós-emagrecimento, pois as mudanças no estilo de vida exigem, muitas vezes, um longo período de adaptação. O processo todo chegará ao final quando a busca da saúde e do bem-estar estiverem completas.
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