Emagrecer pode ser uma tarefa muito difícil de ser realizada sem alguma interferência médica. E quando tocamos nesse assunto, o primeiro pensamento que as pessoas costumam ter é ‘cirurgia bariátrica’.
No entanto, para pacientes que não são caracterizados como o grupo de risco mais indicado para o procedimento, que são aqueles com o IMC igual ou superior a 40, existe um procedimento que é mais indicado do que a cirurgia, o balão intragástrico.
Quer conhecer melhor esse procedimento e como ele funciona? Então acompanhe esse artigo!
Entenda melhor como funciona o balão intragástrico
O balão intragástrico é basicamente uma bola, fabricada de um silicone muito resistente, capaz de suportar tranquilamente o ambiente ácido estomacal. O balão intragástrico é inserido no estômago, vazio, através de uma sonda endoscópica, e depois insuflado dentro do estômago com uma mistura líquida de soro fisiológico com um corante conhecido como azul de metileno.
É importante que essa substância que preencha o balão intragástrico seja azul porque, caso exista algum problema na válvula de contenção do balão e esse líquido vaze, ele será absorvido pelo organismo e eliminado na urina, que por consequência do corante ficará verde.
Assim, o paciente poderá saber que algo está errado e procurar um médico. Tanto o procedimento da colocação como o da retirada do balão intragástrico pode ser feito em ambiente ambulatorial. Mas, o mais indicado é que ele seja realizado com o uso de uma sedação simples e a intubação, bem como acompanhado de um profissional experiente no assunto. Assim os riscos de qualquer problema são muito menores, além disso, a intubação aumenta a ventilação do paciente durante o processo.
Uma vez dentro do estômago e insuflado de acordo com a recomendação para o paciente o balão deverá permanecer dentro do organismo por seis meses. Seu papel é ocupar um bom espaço dentro do órgão, diminuindo o espaço livre para ser preenchido com alimentos.
Outra função do balão intragástrico é diminuir a produção de um hormônio chamado Grelina, que é o responsável pela sensação de fome. Mas, ele desempenha melhor esse papel apenas nos três primeiros meses. Depois desse período sua função é apenas mecânica, ocupando espaço no estômago, para que menos alimento seja ingerido.
É preciso estar atento
Assim como no caso da cirurgia bariátrica, o paciente que coloca o balão intragástrico também precisa de um acompanhamento médico constante. Isso porque será preciso que ele passe por um processo de reeducação alimentar, aprendendo a comer com mais qualidade e em menor quantidade.
A reeducação alimentar é muito importante nesse processo, pois, o estômago é um órgão capaz de esticar, logo, se for forçado com alimentos em excesso, ele se tornará maior e a pessoa poderá comer a mesma quantidade de antes, mesmo com o balão intragástrico.
Além disso, sem a existência da reeducação alimentar e um acompanhamento profissional multidisciplinar com atividades físicas e suporte psicológico, depois de seis meses de uso do balão e emagrecimento, quando ele for removido, o paciente sofrerá sérios riscos de voltar a engordar.
Veja as vantagens de optar pelo balão intragástrico
Além de ser uma técnica mais simples, menos invasiva e não cirúrgica existem algumas outras vantagens que envolvem o uso do balão intragástrico. As principais são:
- Procedimento simples que pode ser realizado em ambulatório;
- Por não ser cirúrgico, não há mutilação de órgãos;
- Procedimento reversível, o balão intragástrico pode ser retirado quando o paciente quiser;
- Pode ser feito mais de uma vez;
- A média de perda de peso com o balão é de 20% do peso total do paciente;
- Considerado um procedimento de baixo risco, com pouquíssimas chances de complicações ou morte.
Público indicado para o uso do balão intragástrico
Qualquer pessoa com sobrepeso ou obesidade grau I e não possua contraindicações para a realização do procedimento, pode colocar o balão intragástrico. A recomendação é que um médico de confiança e especialista seja consultado para indicação segura do procedimento.
Não existe uma idade mínima ou máxima para sua realização, no entanto, quando falamos do público adolescente, e de pacientes mais velhos, as chances de sucesso são menores. Visto que os pacientes mais novos podem ter um comportamento mais complicado, e os pacientes idosos possuem um metabolismo mais lento.
Quais são as contraindicações do balão intragástrico?
A maior parte das contraindicações para a colocação do balão intragástrico são relacionadas a doenças pré-existentes, ou condições físicas do órgão, veja algumas contraindicações:
- Pessoas que já tenham passado por procedimentos cirúrgicos estomacais;
- Tumores no estômago;
- Úlceras ativas na parede estomacal, nesses casos é possível tratar a úlcera antes da colocação do balão intragástrico;
- Gastrites ou outras inflamações da parte superior do sistema digestivo;
- Hérnia de diafragma hiatal, maior de 5 cm, condição que aloque o estômago para a cavidade torácica;
Quais são os exames necessários para a colocação do balão intragástrico?
Os exames necessários sempre são indicados pelo especialista. Sempre é importante que haja uma investigação médica e a solicitação de exames que o médico achar necessário. Variando assim para cada paciente. Se o paciente for uma mulher em período fértil, é interessante que seja feito um exame de gravidez.
O balão intragástrico além de ser um procedimento simples, não invasivo e reversível, também é um procedimento que apresenta excelentes resultados quando seus pacientes estão realmente engajados com a perda de peso.
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