Como qualquer pessoa que busca uma solução contra a obesidade na cirurgia bariátrica, pacientes que sofrem de doenças autoimunes precisam passar por avaliação médica para uma indicação cirúrgica mais segura.
Pessoas que possuem doenças autoimunes podem realizar a bariátrica, assim como qualquer outro procedimento médico, contudo, por ser uma cirurgia que causa impactos no organismo e alterações metabólicas significativas, é preciso estar atento a alguns cuidados importantes. Pacientes que sofrem de doenças autoimunes podem ter seus quadros de saúde agravados e reações inflamatórias exageradas no pós-cirúrgico, portanto, necessitam que os médicos especialistas que o acompanham façam parte da equipe multidisciplinar e avaliem os benefícios da bariátrica frente aos riscos e impactos do procedimento em todas as suas fases, do pré ao pós-operatório.
Saiba quais são as doenças autoimunes mais comuns, como se preparar para uma cirurgia segura e os riscos de um pós-operatório sem acompanhamento adequado. Continue conosco e boa leitura!
O que é uma doença autoimune?
Quando uma pessoa sofre de alguma doença autoimune, seu sistema de defesa reconhece indevidamente algumas estruturas do próprio corpo como estranhas ou nocivas e dispara respostas imunológicas de combate. Em outras palavras, o mecanismo imunológico do paciente ataca células sadias do próprio corpo, muitas vezes, de forma exagerada. Esse ataque descoordenado provoca uma série de reações adversas no organismo, tais como inflamações, alergias, dores abdominais, diarreias ou mesmo espasmos musculares e respiratórios que, em alguns casos mais graves, podem ser fatais.
Na doença tireoidite de Hashimoto, por exemplo, o corpo ataca a tireoide e prejudica seu funcionamento. O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina, importante hormônio regulador da glicemia. Já na artrite reumatoide, a doença afeta os tecidos das articulações, causando dores, inflamações e inchaços. Uma pessoa com lúpus têm seus tecidos e órgãos atacados e, na asma, são os brônquios, principais estruturas das vias respiratórias que sofrem.
Riscos no pós-operatório relacionados às doenças autoimunes
Todo procedimento invasivo pode ser perigoso em certo nível para quem sofre com as doenças autoimunes, não apenas a cirurgia bariátrica. Cada indivíduo é único; por isso, é importante conhecer as suas condições clínicas e restrições antes de pensar na cirurgia.
Entre os riscos, os mais comuns são a possível ativação exagerada das reações de sintomas que, até então, estavam sob controle, além do surgimento de um processo inflamatório mais grave e o surgimento de alguns tipos de enfermidades como trombose, hiperglicemia, hipertensão, além de maior tempo de recuperação pós-operatório.
Então, qual o momento certo para realizar a cirurgia bariátrica em um paciente com doença autoimune?
É importante destacar que doença autoimune não tem cura, mas pode ser estabilizada, entrar em remissão, ou mesmo, não ser ativada por longo tempo. Portanto, ao planejar a realização de uma cirurgia bariátrica, é preciso considerar o risco frente ao benefício do procedimento. A equipe médica deverá avaliar três aspectos importantes: a gravidade da doença autoimune, o grau de atividade no momento da avaliação e o tratamento ao qual o paciente é submetido.
Gravidade da doença e atividade
As doenças autoimunes diferem entre si, sendo algumas mais sérias e outras mais leves. Se o médico especialista chegar à conclusão que a cirurgia bariátrica pode trazer um impacto negativo ao paciente naquele momento, ele optará pela não realização do procedimento.
Também é preciso entender se a doença autoimune está em atividade ou se o indivíduo está há algum tempo sem crises. Realizar o procedimento em uma pessoa com a doença em sua fase ativa pode causar uma reação exagerada e com graves consequências.
Avaliação do tratamento da doença autoimune
A equipe multidisciplinar responsável pela cirurgia bariátrica precisa avaliar, em conjunto com o médico responsável pelo tratamento da doença autoimune, se os medicamentos de uso contínuo podem ser suspensos ou devem ser revisados durante a fase de pré ou pós-operatório sem que a mudança prejudique à saúde ou provoque reações adversas ao candidato à bariátrica.
Faça uma avaliação com a equipe do Instituto de Medicina Sallet
Você ainda tem dúvidas sobre quais as indicações da cirurgia bariátrica? Venha conhecer o Instituto de Medicina Sallet e faça uma avaliação!
Respostas de 4
Boa tarde! Tenho púrpura trombocitopenica idiopatica (PTI) posso realizar cirurgia bariatrica?
Olá, Jefferson! Tudo bem? O ideal é que você consulte seu especialista de confiança. Caso precise, conte conosco!
Boa noite tenho lupus eritematoso sistêmico a 30 anos e está fora de atividade a muitos anos. Tenho SAF tive trombose cerebral em 2014 e fiz uma derivacao. Tomo marevan e faço controle periódico. Tenho Tireoidite hashimoto e tomo puran 100 mg. Tenho sindrome sjogren e estou com obesidade grau II IMC 35. Tenho artrose artrite na lombar, joelho, tornozelo, coxartrose , início hérnia de disco. Já fiz várias dietas e não consigo emagrecer. Estou com 89 kg e 1,60 altura. Tenho muitas dores na lombar , joelho, tornozelos, coluna, e estou a base de tramal e dipirona que já não fazem mais efeitos. Ortopedista e fisiatra disseram que preciso emagrecer. Então como estou com as dc autoimunes sem estar em atividade pir mais de 5 anos, gostaria de fazer a cirurgia bariatrica. Devo ou não devo fazer????
Agende uma consulta com um de nossos especialistas para uma avaliação do seu caso!