Outubro Rosa: obesidade é fator de risco para câncer de mama
Desde 2017, o Inca passou a alertar para o sobrepeso e a obesidade como fatores de risco para a doença; para a Dra. Ana Caroline Fontinele, cirurgiã do Instituto de Medicina Sallet, campanhas devem incentivar o combate ao sobrepeso Ao longo de 25 anos, o câncer de mama matou 323,2 mil brasileiras, segundo indicativos do Ministério da Saúde. A doença foi registrada na certidão de óbito de 18,2 mil brasileiras em 2021, uma média de 50 mulheres por dia, ou duas a cada hora, segundo indicativos do Ministério da Saúde. Diante desses números, surgem movimentos internacionais de conscientização, como o Outubro Rosa, que visam contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença. O câncer é a segunda causa mais frequente de morte no país, de acordo com um levantamento recente do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. A cada ano, cerca de 232 mil indivíduos morrem para a doença e 450 mil novos casos são diagnosticados, excluindo episódios de câncer não melanoma. A Dra. Ana Caroline Fontinele, cirurgiã do Instituto de Medicina Sallet, explica que a obesidade é um fator de risco modificável para vários tipos de câncer, como, por exemplo, o câncer de mama. “Não há uma explicação absoluta, mas estudos científicos demonstram que a elevada quantidade de tecido gorduroso no corpo contribui para o aumento dos níveis de estrogênio no organismo (hormônio feminino)”, afirma. “Altos níveis desse hormônio provocam a multiplicação descontrolada de células da mama, aumentando em muito as chances de desenvolvimento da doença”, complementa. 24 Segundo a cirurgiã, a obesidade é um fator de risco modificável de ocorrência do câncer de mama, mas as mudanças de hábitos, visando o controle de peso, contribuem para a diminuição dos riscos da doença. “As campanhas nem sempre abordam os fatores de risco com a devida importância. Melhor que identificar uma doença precocemente, é evitá-la” Na visão da Dra. Ana Caroline, para além das informações sobre o câncer de mama em si, o Outubro Rosa também deveria informar a população sobre os fatores de risco de origem comportamental: “A campanha poderia incluir informações sobre a importância da prática de atividades físicas, deixar de fumar e beber, alimentar-se melhor e buscar tratamentos eficientes para a perda de peso, como as cirurgias bariátrica e metabólica”. Leia a reportagem completa neste link.