Cirurgia revisional: É possível converter uma cirurgia bariátrica?
Embora raras, há situações nas quais um procedimento bariátrico não alcança os resultados esperados ou mesmo promove efeitos indesejados no paciente. Saiba em quais circunstâncias as cirurgias bariátricas revisionais são indicadas. A cirurgia bariátrica é um termo utilizado para denominar um grupo de diferentes de procedimentos realizados no sistema digestório que ajudam o paciente obeso a perder peso de forma significativa com intuito de melhorar seu estado geral de saúde. Em pouquíssimos casos, a cirurgia pode não alcançar os resultados desejados, seja por não promover a perda de peso esperada ou mesmo causar reações adversas no paciente. Dependendo da situação e a partir de uma análise extremamente criteriosa, a equipe transdisciplinar responsável pelo paciente poderá sugerir uma cirurgia bariátrica revisional. Embora a imensa maioria das cirurgias bariátricas tenha resultados positivos e promova perda de peso significativa, alguns pacientes podem sofrer efeitos indesejados no pós-cirúrgico, ou ainda, voltar a ganhar peso por deixarem de seguir as recomendações da equipe transdisciplinar ou em razão de algum possível problema anatômico na cirurgia. Se você fez uma cirurgia bariátrica recentemente ou está avaliando as alternativas de tratamento contra a obesidade, pode estar pensando se o procedimento é definitivo ou se pode ser revisto no futuro. Cirurgia bariátrica: um procedimento seguro e eficiente A cirurgia bariátrica é um procedimento que proporciona excelentes benefícios para os pacientes que sofrem de obesidade ou doenças metabólicas como diabetes ou hipertensão. Na maioria dos casos, os resultados obtidos são bastante satisfatórios e promovem uma perda superior a 70% do peso original. Com a redução do excesso de peso, pacientes bariátricos apresentam remissão de comorbidades, tais como o diabetes mellitus tipo 2, a hipertensão arterial, a apneia do sono e doenças osteoarticulares, melhorando de maneira integral seu estado de saúde. Entretanto, há um pequeno número de casos nos quais o procedimento não resolve todos os problemas primários. Estima-se que entre 10% e 20% dos pacientes tenham reganho de peso após dez anos de cirurgia. As causas para isso são multifatoriais e envolvem o retorno aos maus hábitos alimentares pós-bariátrica, sedentarismo e falta de acompanhamento do tratamento. Há, ainda, situações em que o paciente apresenta agravamento da doença do refluxo gastroesofágico devido à perda dos mecanismos anti refluxo causados pela remoção de parte do estômago. Importante destacar que essas ocorrências correspondem a um percentual muito baixo sobre o total de procedimentos bariátricos bem-sucedidos. Especialmente quando cogita-se a bariátrica revisional por problemas relacionados ao procedimento cirúrgico em si. Apesar de incomum, quando identificados, demandam intervenção de emergência. Quando é possível converter uma cirurgia bariátrica? Como vimos, há situações nas quais a cirurgia revisional pode ser cogitada. Entretanto, é preciso ter em mente que não é qualquer tipo de procedimento que poderá ser convertido. O balão intragástrico, procedimento minimamente invasivo e sem cirurgia, no qual é introduzida uma prótese inflável no estômago do paciente, que ocupa parte do volume do órgão e promove sensação de saciedade – é um procedimento temporário e transitório (em torno de 6 meses) totalmente reversível. A gastrectomia vertical ou sleeve gástrico é um procedimento cirúrgico, realizado por via laparoscópica, no qual é removida parte do estômago, mas que pode ser transformada em qualquer outra técnica bariátrica regulamentada no país. A gastroplastia endoscópica, procedimento que não deixa cicatrizes externas, promove a diminuição do volume do estômago por meio de suturas na parede interna do órgão e também pode ser revertida, embora sua realização demande indicação médica específica. Já no caso do bypass gástrico, a cirurgia revisional exige um maior nível de complexidade, demanda de uma investigação criteriosa e recomendação ainda mais precisa. Deve-se levar em conta o benefício da bariátrica revisional, frente ao risco cirúrgico para o paciente. Afinal, quando a cirurgia bariátrica revisional é indicada? É válido salientar que a cirurgia bariátrica revisional será indicada apenas para casos e situações bastante específicas, nas quais uma nova intervenção cirúrgica seja a última alternativa frente aos tratamentos clínicos convencionais. Quando há recidiva significativa de peso ou reaparecimento de alguma comorbidade, o paciente deverá procurar o apoio da sua equipe transdisciplinar a fim de identificar os motivos que o levaram ao quadro. A equipe transdisciplinar acolherá o paciente e fará as devidas avaliações sobre os motivos do ganho de peso ou mesmo sobre os efeitos indesejados da cirurgia. Ainda, irá analisar o procedimento primário de modo a ser possível eliminar problemas anatômicos da cirurgia realizada e indicará o tratamento mais adequado. A partir do diagnóstico definido, e em situações bastante específicas que envolvem desnutrição ou grave déficit nutricional, agravamento da doença do refluxo gastroesofágico severa, oclusões intestinais ou, ainda, reganho excessivo de peso, a cirurgia revisional poderá ser recomendada. Você fez uma bariátrica e está preocupada com o reganho de peso? Agende uma consulta com nossos especialistas e esclareça todas as suas dúvidas.
Qual a melhor técnica cirúrgica? Bypass Gástrico ou Sleeve Gástrico? Conheça as diferenças.
A cirurgia bariátrica é uma solução muito eficiente para quem luta contra a obesidade, sofre de alguma doença metabólica ou precisa perder grandes quantidades de peso por motivos de saúde. Dentre os tratamentos cirúrgicos oferecidos, duas técnicas se destacam pelos excelentes resultados alcançados: o Bypass Gástrico e a Sleeve Gástrico. Ambos são procedimentos seguros e muito efetivos contra a obesidade, no entanto, são realizados de maneiras diferentes, sendo indicados a partir de critérios específicos. Para compreender um pouco mais sobre Bypass Gástrico e Sleeve e suas indicações, continue a leitura! O que é o Bypass Gástrico? Também denominado como Gastroplastia Vertical com Bypass Gástrico em Y de Roux por Videolaparoscopia, é a técnica cirúrgica mais realizada no Brasil, correspondendo a 75% das cirurgias bariátricas feitas no país. Trata-se de um procedimento considerado “padrão ouro”, devido aos resultados consistentes e duradouros que apresenta aos pacientes que se submetem à cirurgia e seguem corretamente as orientações da equipe transdisciplinar. O Bypass é uma técnica que consiste em “construir” um novo pequeno reservatório gástrico com volume bem reduzido (cerca de 50ml) e costurar este reservatório ao intestino, mais abaixo, tornando o caminho percorrido pelo alimento, cerca de um metro mais curto. Desta maneira, a quantidade de alimentos ingeridos, bem como a absorvida, são menores. Por meio do Bypass Gástrico é possível eliminar entre 60% e 70% do peso inicial do paciente ao final do tratamento, assim como reduzir a produção de Grelina – conhecido como “o hormônio da fome” – que promove a sensação de saciedade e o ajuda a controlar a ingestão de alimentos de forma exagerada. O restante do estômago e o intestino desviado não são retirados do organismo, o que concede um caráter reversível à cirurgia. O que é a cirurgia Sleeve Gástrico? Conhecida também como Gastroplastia Sleeve e Gastroplastia em Manga por Videolaparoscopia, a Sleeve Gástrico é uma técnica de cirurgia bariátrica restritiva. Consiste na construção de um novo estômago em forma de um tubo fino através da remoção de 70% a 80% do estômago original, restringindo a ingestão alimentar. Por ser um procedimento de modificação do órgão digestório, é um procedimento irreversível, porém, pode ser transformado, em caso de insucesso, em qualquer outra técnica bariátrica regulamentada. Por conta da retirada do fundo gástrico, o paciente deixa de produzir a Grelina, hormônio que tem um papel diretamente relacionado ao apetite e à sensação de saciedade. Quais são as principais diferenças entre os procedimentos? Ambas as técnicas de cirurgia bariátrica são seguras, eficientes e promovem alterações benéficas ao organismo do paciente. No entanto, há algumas diferenças na forma como as cirurgias são realizadas e os resultados alcançados. Bypass Gástrico Procedimento: o cirurgião anexa um pequeno reservatório gástrico ao intestino para contornar o estômago. Conforme o caso, pode ser reversível. Tempo de recuperação: 2 a 4 semanas. Riscos e complicações: Risco de síndrome de dumping. Resultados da perda de peso: os pacientes podem esperar perder de 40% a 45% do excesso de peso nos primeiros 3 meses de cirurgia. Sleeve Gástrico Procedimento: o cirurgião remove uma parte do estômago, resultando em um órgão em forma de tubo (manga). É um procedimento irreversível. Tempo de recuperação: 2 a 4 semanas. Riscos e complicações: Menor risco de síndrome de dumping. Resultados de perda de peso: os pacientes podem esperar perder peso a uma taxa mais lenta e constante. Nos primeiros 12 a 18 meses, eles podem perder de 60 a 70% do excesso de peso inicial. Bypass Gástrico ou Sleeve Gástrico: há uma técnica melhor? Optar por um ou outro procedimento só é possível após uma meticulosa avaliação transdisciplinar, que envolve o quadro clínico, psicológico, além de fatores específicos do paciente — como seu histórico, comorbidades associadas, perfil alimentar, hábitos sociais e rotinas.. Sendo assim, não é possível eleger uma técnica melhor que a outra. Existe aquela que é mais indicada para cada caso, de modo pessoal e individualizado. Independentemente do procedimento bariátrico, tanto o Bypass Gástrico, como a Sleeve são técnicas cirúrgicas muito eficientes, desde que haja a aderência do paciente aos novos hábitos e ao programa de tratamento bariátrico disponibilizado pela equipe transdisciplinar que o acompanhará no pós-cirúrgico. Lembre-se que, toda cirurgia bariátrica só terá sucesso se for acompanhada de mudanças alimentares e comportamentais, associadas ao acompanhamento profissional. Esta é a chave do sucesso para resultados duradouros. Para saber mais, você também pode encontrar informações importantes em nosso Guia Prático para quem precisa fazer uma cirurgia bariátrica, que pode ser baixado gratuitamente aqui. Lá, você saberá detalhes sobre os procedimentos bariátricos e esclarecerá dúvidas sobre tratamentos eficazes contra a obesidade. Conte com o Instituto de Medicina Sallet!
Conheça os 5 maiores Avanços Tecnológicos no Tratamento da Obesidade e Doenças Metabólicas
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a obesidade atinge 600 milhões de pessoas no mundo, sendo 30 milhões somente no Brasil. Mas com os avanços tecnológicos, o tratamento da obesidade e de doenças metabólicas permite que estes números diminuam. Dia 29 de setembro, às 20h, o Instituto de Medicina Sallet promoverá um evento online e gratuito que abordará temas sobre os Avanços Tecnológicos no Tratamento da Obesidade e apresentará as melhores opções para quem sofre de obesidade e doenças metabólicas. Entre as tecnologias estão: Balão Intragástrico, que não necessita de cirurgia, endoscopia ou anestesia; o recém chegado ao Brasil sistema de escaneamento corporal 3D que mostra uma visão geral do corpo com grande precisão. Na lista de assuntos do evento estarão também o Bypass Gástrico, cirurgia padrão Ouro no combate à obesidade e o Sleeve Gástrico, técnica que permite diminuir a quantidade de alimentos que o estômago é capaz de comportar. Quer saber mais sobre estes processos e como eles podem ajudar no tratamento da obesidade? Inscreva-se para participar deste grande evento! Inscreva-se para participar!
Sleeve Gástrico: O que é e para quem é indicado
O Sleeve Gástrico, também chamado de gastrectomia vertical ou “em manga”, é um dos quatro métodos cirúrgicos aprovados no país pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para técnicas de cirurgia bariátrica. Desse modo, ele é uma alternativa de tratamento para a obesidade – uma das principais motivadoras de óbitos evitáveis no mundo. Neste artigo, descubra mais sobre o Sleeve Gástrico, seus benefícios, contraindicações e outras questões importantes sobre o método. O que é Sleeve Gástrico? O Sleeve Gástrico é um tipo de procedimento bariátrico que tende a apresentar resultados bastante satisfatórios. A técnica é recente, porém apresenta uma curva de evolução promissora. Em linhas gerais, com essa técnica, se constrói um novo estômago no paciente, em formato semelhante a um tubo fino. Isso é possível por meio da remoção de 70% a 80% do estômago original e do grampeamento da parte restante. Tudo isso garante uma restrição à ingestão alimentar e à quantidade de alimentos armazenados no estômago. Ainda, proporciona um controle hormonal da fome, favorecendo o controle eficiente de peso pós-procedimento. Quais são as vantagens desse procedimento? Entre as principais vantagens do Sleeve Gástrico, podemos citar: Esse procedimento não exclui o duodeno do trânsito alimentar. Com isso, ele não prejudica a absorção de elementos importantes para a saúde – como ferro, cálcio e vitaminas do complexo B. Baixo índice de complicações pós-cirúrgicas. Costuma apresentar eficácia satisfatória para o controle da hipertensão arterial. O Sleeve Gástrico ajuda os pacientes a conseguirem comer menos – e sem prejudicar o processo digestivo normal. Não demanda a rotação do intestino. Não é feito nenhum implante. Pós-operatório tende a ser mais tranquilo e a recuperação mais rápida do que a de outros procedimentos. Se, por algum motivo, o procedimento não for satisfatório, ele pode ser transformado em qualquer outro tipo de procedimento bariátrico autorizado. Em que casos ele é indicado? Há contraindicações e desvantagens? Assim como os outros métodos de cirurgia bariátrica, esse é recomendado quando dieta, exercício físico, medicação e outras opções de tratamento não ajudaram efetivamente na redução do peso do paciente. Ainda, em casos de pacientes com IMC superior a 35 kg/m2 e com patologias associadas ou para aqueles com IMC superior a 40 kg/m2. Quanto às contraindicações, esse pode não ser o método ideal para quem tem doença do refluxo gastroesofágico (por, em determinados casos, agravá-la). Para pacientes com Diabetes Tipo 2, geralmente, prefere-se utilizar a técnica Bypass Gástrico. É importante saber que esse é um método irreversível e que, como qualquer processo cirúrgico, envolve alguns riscos. A fístula junto ao ângulo de Hiss (esofagogástrico), é um exemplo, embora ocorra mais restritamente, assim como a doença do refluxo gastroesofágico. Outro ponto importante é que o Sleeve Gástrico apresenta uma perda de peso potencialmente maior do que a do procedimento de banda gástrica ajustável, entretanto, essa tende a ser menor do que a registrada em técnicas como o Bypass Gástrico. Como é o pré e o pós-operatório? No pré-operatório é realizada uma avaliação clínica aprofundada do paciente. Também dá-se início às mudanças nos hábitos alimentares que deverão ser continuadas após o procedimento. Nesse período, também é feita uma avaliação psicológica do paciente. Aqueles que apresentarem problemas mais graves deverão tratá-los antes de submeterem-se ao procedimento cirúrgico. Já o pós-operatório costuma envolver recomendações como ingerir bastante água, evitar exercícios físicos mais extenuantes até a liberação médica para isso, administrar medicamentos (sobretudo para controle de dor) conforme prescrição médica, seguir a dieta feita pelo nutricionista da equipe transdisciplinar, entre outras. Concluindo, além do Sleeve Gástrico, há outros métodos que podem ser recomendados ao paciente. Por isso, é fundamental contar com o atendimento de um médico especializado para indicar o melhor procedimento para cada caso específico. Assista mais aqui: Sleeve Gastrectomy (em inglês) O Instituto de Medicina Sallet tem 20 anos de experiência nesse segmento. Nossa equipe é referência no tratamento clínico e cirúrgico da obesidade, doenças metabólicas e distúrbios do trato digestório. Para saber mais sobre a alternativa de tratamento trazida pela cirurgia bariátrica, baixe gratuitamente o guia prático que preparamos para você.