Ocasionalmente, usar a comida como um estímulo ou como uma recompensa para comemorar uma vitória não é necessariamente uma coisa ruim. Entretanto, quando comer é seu principal mecanismo de enfrentamento emocional – quando seu primeiro impulso é abrir a geladeira sempre que estiver estressada, chateada, irritada, exausta ou entediada – você fica presa em um ciclo nocivo, onde o verdadeiro sentimento ou problema causador não é tratado. Para saber mais sobre o que é fome emocional, porque ela é considerada um desvio de comportamento e dicas para evitá-la em sua rotina, continue a leitura!

Afinal, o que é fome emocional?

A fome emocional é caracterizada pela ausência de sintomas físicos de fome e é desencadeada por algum aspecto emocional, como raiva, tristeza, angústia, ansiedade entre outros. Portanto, a fome emocional não tem relação com as nossas necessidades fisiológicas, mas sim com nosso estado mental e emocional.

Nem sempre comemos apenas para satisfazer a fome física. Muitas vezes recorremos à comida para desviar a atenção de um problema, aliviar uma sensação de estresse ou para compensar uma frustração. Comer de forma compulsiva e desnecessária pode trazer desequilíbrios hormonais, bem como culminar em excesso de peso ou mesmo levar o indivíduo à condição de obesidade. 

Ingerir alimentos de forma descontrolada, naturalmente, não resolve os conflitos emocionais e, comumente, faz a pessoa sentir- se culpada de seu comportamento. 

Quais são as razões da fome emocional?

Situações rotineiras como estresse no trabalho, preocupações financeiras, problemas de saúde e conflitos no relacionamento, podem ser fatores da fome emocional. Este é um transtorno que afeta ambos os sexos, entretanto, percebemos mais ocorrências em mulheres do que em homens.

Entre os fatores que atuam como gatilhos desse comportamento compulsivo estão:

• Estresse;
• Raiva;
• Ansiedade;
• Tristeza;
• Solidão;
• Ressentimento;
• Tédio;
• Recompensação.
• Luto.

E como evitar comportamentos alimentares compulsivos?

Para quem sofre de fome emocional, a comida traz uma sensação de prazer e alívio momentâneo. No entanto, a razão que desencadeou o comportamento não desapareceu. Quem sofre desse tipo de compulsão perde a capacidade de lidar com suas emoções e tem, cada vez mais dificuldade em controlar seu comportamento. Consequentemente, sofre em decorrência de seus hábitos e se sente ainda mais impotente sobre suas atitudes e seus sentimentos.

Por tudo isso, é importante buscar maneiras ​de lidar com as emoções e evitar gatilhos que desencadeiem a fome emocional. Entre as dicas para isso, estão:

Identifique seus gatilhos emocionais para fome

O primeiro passo para evitar a alimentação emocional é identificar seus gatilhos. Que situações, lugares ou sentimentos fazem você buscar o conforto da comida?

A maior parte da fome emocional está ligada a sentimentos desagradáveis, mas ela também pode ser desencadeada por emoções positivas, como recompensar-se por alcançar um objetivo ou comemorar um evento feliz.

Mantenha um diário alimentar emocional

Uma das melhores maneiras de identificar os padrões por trás de sua fome emocional é manter um diário alimentar e de humor.

Toda vez que você comer demais ou se sentir compelida a buscar a comida como alívio sentimental, reserve um momento para descobrir o que desencadeou o desejo. Anote tudo!

Se você retroceder, geralmente encontrará um evento que iniciou o ciclo alimentar emocional. Revise o seu diário alimentar e descubra: o que você comeu (ou queria comer), o que aconteceu para chateá-la, como você se sentiu antes de comer, o que você sentiu enquanto comia e como se sentiu depois.

Com o tempo, você verá um padrão surgir. Depois de identificar seus gatilhos emocionais de fome, o próximo passo é identificar maneiras mais adequadas ​​de manejar seus sentimentos.

Aprenda a lidar com suas emoções

Se você não souber administrar suas emoções de uma forma que não envolva a compulsão pela comida, não conseguirá controlar seus hábitos alimentares por muito tempo.

As dietas muitas vezes falham porque oferecem conselhos nutricionais que só funcionam se você tiver controle consciente sobre seus hábitos alimentares. Assim, quando as emoções prejudicam o processo, exigindo uma recompensa imediata com comida, torna-se ainda mais difícil emagrecer ou perder peso.

Desse modo, para evitar a fome alimentar, você precisa encontrar outras maneiras de se satisfazer emocionalmente. Não é suficiente entender seus gatilhos, embora seja um passo de grande importância. Você precisa de alternativas à comida que possa recorrer para satisfação emocional — como praticar exercícios, fazer meditação, conversar com um amigo, etc.

Procure ajuda profissional

Buscar orientação de um psicólogo ajudará a encontrar a razão de sua fome emocional. Por meio da investigação dos gatilhos que a levam a buscar conforto na comida, o profissional irá ajudá-la a controlar seus impulsos e estabelecer limites. Com isso, será possível adquirir novos hábitos e mudar o comportamento nocivo.

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