Saúde para o corpo e mente: yoga e meditação no auxílio do tratamento da obesidade
Conteúdo escrito com base na live com a Dra. Margaretth Arruda e Adriana Muller https://www.youtube.com/watch?v=4mO2pcmI6B8 A palavra Yoga vem do sânscrito e é originária da raiz verbal “yuj”, que significa unir, integrar e totalizar. O desenvolvimento do yoga surgiu há mais de 5 mil anos, mas alguns pesquisadores acreditam que o nascimento da yoga pode ter acontecido há 10 mil anos. A parte física que é desenvolvida na prática do yoga é apenas um pequeno pedaço de uma filosofia muito bem embasada. O yoga chegou no Brasil como uma técnica suave, para pessoas idosas, que trabalhavam principalmente exercícios de respiração. Ao longo do tempo, se modificou e hoje a prática é mais disseminada e muitas novas vertentes foram criadas para o fortalecimento do corpo físico. Entretanto, vale lembrar que o objetivo final e principal do yoga é o de acessar a alma, lugar onde o corpo físico, mental e espiritual se conectam. Yoga proporciona equilíbrio, flexibilidade e força. Benefícios esses que são psicofísicos, ou seja, atuam tanto no corpo quanto na mente e em atitudes do dia a dia. Os asanas (posturas com permanência do yoga) trabalham ativando as energias do corpo e ajudam a elevar a consciência sobre o corpo e mente para que seja possível entender a sua existência. “Pratico yoga para ser melhor para os outros e não melhor do que os outros”. Essa frase do Professor Hermógenes deve ser sempre lembrada pois atualmente as imagens de famosos praticando yoga e postando fotos com super flexibilidade podem desencorajar novos praticantes. O que é mostrado nas mídias, muitas vezes, foca apenas no aspecto físico e não na amplitude de benefícios que a prática proporciona e que deve ser trabalhada. Não existe restrição para a prática do yoga, que trabalha sempre a partir do próprio corpo. Por isso, cada um tem seu próprio limite e consegue fazer tudo que é proposto desde que se tenha disposição para começar. Como a prática trabalha o autoconhecimento, há adaptações que podem e devem ser feitas para cada tipo de corpo, respeitando os limites individuais de cada ser. O yoga pode ajudar na reconstrução da autoimagem a partir do momento que desperta um autocuidado e uma conexão com o Seu Sagrado, direcionando o seu olhar para as coisas que você consegue fazer e não ao que não consegue. PRINCIPAIS BENEFÍCIOS FÍSICOS DA PRÁTICA – Fortalece a musculatura abdominal o que auxilia na melhora da postura. – O posicionamento correto dos ombros otimiza a respiração. – Ativa as articulações e musculaturas. – Melhora a qualidade do sono pois libera os hormônios serotonina e melatonina, que são neurotransmissores mensageiros do cérebro que ajudam na regulação dos ciclos de sono e humor. O yoga é uma prática mental e física inclusiva que possibilita evolução e constância para quaisquer biotipos. Geralmente, pessoas obesas não conseguem manter frequência de exercícios físicos porque se sentem envergonhados, não gostam dos olhares voltados a seus corpos em ambientes de academias formais. Um dos benefícios do yoga é o despertar do “olhar para dentro antes de olhar para o corpo físico’’. Seu estado mental elevado é que proporcionará disposição para a prática corporal. O yoga trabalha a não competição, a não comparação. É um crescimento e desenvolvimento sempre seu com você mesmo. Define-se metas e processos, mas num âmbito subjetivo, onde você define onde e quando quer chegar. O QUE É MEDITAÇÃO? De forma generalista, a meditação pode ser definida como uma prática na qual o indivíduo utiliza técnicas para focar sua mente num objeto, pensamento ou atividade em particular, visando alcançar um estado de clareza mental e emocional. É praticamente impossível praticar yoga sem praticar meditação. Uma atividade é consequência da outra. Yoga é um movimento interno e não externo. E acontece quando estamos concentrados no aqui e agora. Se pensarmos bem, enquanto você está na aula de yoga com um professor te orientando, você está praticando 50% pois ainda não está conectado 100% com o seu eu, você ainda está em contato com o mundo externo. Quando estamos conectados isoladamente com nosso interior é quando praticamos yoga de verdade. Estar presente é meditação (primeira etapa, existem vários níveis meditativos que podem ser alcançados com o decorrer da prática). A meditação não está relacionada a nenhum tipo de prática religiosa, mas anda junto. Quando você reza, seja qual for sua religião, você se encontra num momento meditativo pois volta todos os seus pensamentos para o momento presente, com um único desejo de realização. CONTROLE DO FLUXO DOS PENSAMENTOS Ter controle do fluxo dos pensamentos é mais uma “técnica” de meditação. Existem exercícios que podem ajudar a ter controle sobre a natureza e a velocidade do pensamento. Por exemplo: quando estamos no trabalho, devemos concentrar nosso conteúdo mental no que é de fato assunto do trabalho e filtrar os pensamentos que ficam ou não na mente. A respiração profunda pode ajudar neste processo de ‘separação’ de assuntos. Quando chegamos em casa para ficar com os filhos é importante que ‘varramos’ os pensamentos do trabalho para conseguir estarmos inteiros no presente e conseguir fazer as atividades de casa com mais concentração, com mais presença. Conseguir processar um assunto por vez é o que a meditação ajuda a controlarmos. A consciência é composta pela mente + inteligência + ego (aquilo com quem eu me identifico como pessoa). A mente é como se fosse um porteiro que pode captar os sentidos, que recebe os sentimentos e diz se gostamos ou não de algo, se queremos ou não deixá-los entrar. E essa ‘portaria’ terá dias em que deixará o medo ou coragem entrar, a tristeza ou alegria. Todos são bem-vindos, mas tudo depende de como você receberá ‘’estas visitas’’. A consciência nos ajuda a observar os pensamentos. Os pensamentos se formam em 4 processos: 1 aprendendo; 2 se iludindo; 3 imaginando e 4 lembrando. Todas as ações que fazemos passam por um ou todos estes quatro processos. Por exemplo: quando você está tendo uma projeção do seu futuro,
Como otimizar resultados após o primeiro ano de cirurgia bariátrica
Texto escrito com base na live https://www.youtube.com/watch?v=w9rEyBJTVEc No primeiro ano após cirurgia bariátrica a perda de peso acontece numa curva mais ascendente em relação à perda de peso. A taxa de metabolismo basal (TMB) é a quantidade de energia necessária para a manutenção das funções vitais do organismo, sendo medida em condições padrão de jejum, repouso físico e mental em ambiente tranqüilo com controle de temperatura, iluminação e sem ruído (Bursztein et al., 1989; Garrow, 1974; Harris & Benedict, 1919). Neste primeiro ano de pós-operatório de cirurgia bariátrica e metabólica, a TMB é expressivamente maior. No primeiro ano se tem mais mitocôndrias nas células intestinais, a microbiota é mais saudável e, portanto, mais ativa, o que acelera o metabolismo. Temos uma ação muito eficiente dos hormônios no primeiro ano do pós-operatório e isso pode tendenciar a não nos preocuparmos tanto com o acompanhamento médico, já que fisicamente, os resultados estão aparecendo. Passou o primeiro ano e eu não sei como meu corpo realmente está em relação a cirurgia. E agora? O acompanhamento tardio é comum, embora o ideal seja o acompanhamento constante. Mas nunca é tarde para começar a se cuidar. Devemos sempre lembrar que a obesidade é uma doença e por isso precisamos cuidar dela de uma forma diferenciada. A cirurgia traz resultados eficazes e as pessoas melhoram sua condição de saúde. Entretanto, é necessário ter um acompanhamento contínuo. A cirurgia pode diminuir as comorbidades, mas se o estilo de vida não alterar para uma vida saudável a cirurgia não trará resultados sustentáveis. A conduta e a responsabilidade são compartilhadas entre paciente e equipe médica. Não se pode esperar apenas o trabalho da equipe transdisciplinar para o sucesso. Ao decidir fazer uma cirurgia bariátrica e metabólica é preciso pensar num planejamento. Não adianta achar que a cirurgia vai “resolver a vida”. É uma grande mudança de estilo de vida com novos hábitos e rotinas. A cirurgia começa mais ou menos seis meses antes da operação. A partir do momento em que o paciente tem um contato com algum profissional da equipe multidisciplinar. A cirurgia em si é o mais fácil dos processos. Um pré-operatório bem feito é um preditor de um resultado positivo a longo prazo. Pacientes Tardios Quando um paciente ficou o primeiro ano pós cirurgia sem atendimento é importante que uma consulta com a equipe transdisciplinar aconteça para avaliação de como estão os resultados para aí sim poder direcionar o tratamento. Nem sempre a perda de peso é positiva, isso porque há diferença entre perda de gordura e perda de músculo. A composição corporal do ser humano é feita de músculos, gorduras e água. Antes da cirurgia acontecer, é feita uma medição desta composição para servir de parâmetro inicial. No Instituto de Medicina Sallet, trabalhamos com um Scanner 3D que possibilita a mensuração destes índices em menos de 1 minuto. O equipamento mapeia todas as circunferências do corpo e com isso é possível fazer a comparação entre imagens iniciais e as imagens atuais para melhor visualização do processo. De acordo com essa análise a equipe consegue projetar possíveis resultados de acordo com a frequência, intensidade e duração das atividades. Não há um exercício ideal ou específico para se fazer. É recomendado exercícios rotineiros e alimentação que otimizem a massa muscular. Independente de um corpo ser obeso ou não, a partir dos 30 anos a massa muscular começa a ser perdida e essa descida é rápida, por isso a importância de manter e aumentar a massa muscular o quanto antes. E para aumentar esta massa, são necessários exercícios que façamos força. Como por exemplo musculação, exercícios funcionais e exercícios localizados. Para desenvolver a massa muscular precisamos dar intensidade de peso e ir alterando e dando estímulos diferentes para o músculo não se acostumar e o exercício perder o benefício. Não há desculpas para não se exercitar. Alguns exercícios básicos podem ser feitos em casa. Improvisar alguns pesos com garrafa de produto de limpeza e sacos de alimentos é uma das alternativas. Se preferir, você pode comprar a Fita TRX que trabalha o peso do próprio peso. Além da força, é importante trabalhar a flexibilidade pois ela ajuda no controle de lesões. Precisamos ter em mente que não é possível transformar gordura em músculo. O que é possível fazer é fortalecer o corpo de uma forma global para conseguir aumentar o gasto energético e com isso emagrecer de forma saudável. O descanso também é importante para ganho de massa muscular. É importante prestar atenção em nossa rotina de exercício e alimentação para não entrarmos no efeito platô (acomodação do corpo frente a algum estímulo repetitivo, que pode ser a alimentação ou a sequência dos treinos). Existem mecanismos de autoproteção da obesidade. E por isso a atividade física e bons hábitos alimentares são fundamentais como ferramenta de bons resultados a longo prazo. Quanto mais massa muscular tivermos, mais rápido fica o metabolismo e esse ciclo nos ajuda no controle de peso. Precisamos sempre aliar o exercício físico com a alimentação adequada. Uma recomendação para uma alimentação saudável é ter um prato equilibrado. Para ilustrar pense que metade do prato deve ser composto por proteína (origem animal) e alguns grãos, 25% de sua refeição é composta por frutas, verduras, saladas (vitaminas/minerais) e os 25% restantes de carboidratos bons (integrais). Como a dieta inicial de pós operatório é bem restrita é necessário e muito importante a suplementação com whey protein pois não conseguimos suprir as necessidades do corpo apenas com alimentos de origem vegetal e origem animal. Existem diversas maneiras de balancear a alimentação e manter a suplementação com whey protein – confira a seção nossas receitas para ter inspiração de comidas gostosas e criativas com whey protein -. Exercícios a nosso favor Se sua massa corpórea aumenta, você ganha mais força. Por esse motivo, pessoas obesas têm mais facilidade em fazer musculação que exercício aeróbico (que requer resistência ao invés de força). É importante focar no que se tem de melhor, para que o resultado seja
9 dicas de como cuidar da saúde mental
Quando se fala em saúde mental ainda há um tabu enorme, muitas pessoas tem preconceitos sobre o assunto. Infelizmente, a educação emocional não é muito praticada em nossa sociedade e as pessoas têm medo ou vergonha de falar sobre suas emoções e sentimentos. Adoecer mentalmente não é, de forma alguma, um sinal de fraqueza que você é inferior aos outros, pelo contrário, demonstra que você foi forte, aguentou enquanto pode, mas que agora precisa de ajuda. Listamos 9 dicas de como cuidar da saúde mental: 1 – Cuide da alimentação. Comer bem não tem a ver apenas com a boa forma física, mas com o bem-estar geral. Opte por um cardápio variado e equilibrado. 2 – Pratique atividades físicas. Colocar o corpo em movimento de forma regular também contribui para a saúde e bem-estar emocional. 3 – Priorize o sono. É muito importante dormir bem, tendo uma boa rotina de sono. Noites mal dormidas colaboram para agravar os transtornos mentais/emocionais. 4 – Tenha momentos dedicados às pessoas queridas. É importante conviver com amigos, familiares e pessoas que nos fazem bem. 5 – Reserve um tempo para o lazer. Faça atividades que te deixem feliz. Ler, dançar, desenhar, jogar e o que mais puder te tirar de pensamentos de preocupação e obrigação do dia a dia. 6 – Esteja em contato com a natureza. Faz bem para o corpo e para a mente estar ao ar livre, conectando-se ao meio ambiente e escapando um pouco da rotina puxada do trabalho e da casa. 7 – Desenvolva sua fé. A fé independe de crença ou religião. A fé está ligada à forma como nos relacionamos com o mundo e com as pessoas, ao otimismo, à crença na vida e em algo que tenha significado para você. 8 – Conheça a si mesmo. Existem várias formas de se conhecer como terapias, meditação, teatro, atividades lúdicas, self-care. 09 – Permita-se sentir. É importante aceitar todos os seus sentimentos. Nossa cultura impôs que não é bom sentir raiva ou tristeza, mas estes sentimentos são importantes para que possamos ficar mais fortes e valorizarmos os sentimentos de amor, alegria, realização. Você já teve chance de planejar novas determinações para este ano? Sempre é hora de começar.
Cuidado, adoçantes não são todos iguais
Vamos entender essa questão sobre adoçantes? Adoçantes não são todos iguais e vamos explicar um pouco mais sobre os compostos de cada um deles. Existem várias marcas diferentes e vários produtos dentro da linha de cada marca que são feitos de substâncias muito diferentes. Temos desde aspartame, ciclamato sódico, sacarina sódica, sucralose, stevia, xilitol, eritritol, taumatina… São inúmeras substâncias que compõem os adoçantes industrializados, algumas delas bastante nocivas à saúde. Os adoçantes aspartame, ciclamato sódico e sacarina sódica, não costumam ser indicados, pois existem diversos estudos que indicam malefícios para a saúde de quem os consome. Além de serem instáveis, esses adoçantes costumam ter outros compostos químicos usados para melhorar o sabor. Os adoçantes que mencionam “sódico” no nome possuem sal, elemento contraindicado para pacientes com pressão alta. Pacientes diabéticos substituem o açúcar refinado de alto índice glicêmico por adoçantes (glicose zero), mas acabam desenvolvendo problemas relacionados à hipertensão, pois ‘sem perceber’ aumentam muito o consumo de sódio. 4 TIPOS DE ADOÇANTES MAIS RECOMENDADOS POR NUTRICIONISTAS SUCRALOSE – É um derivado da cana de açúcar, porém, feito artificialmente. 3 gotas tem zero calorias e correspondem a 1 colher de chá de açúcar. A questão é: você usa e conta as gotas certinhas? Esse é o risco e o cuidado que devemos tomar para não consumir adoçante em excesso. Fazendo o uso de acordo com a indicação da nutricionista, não há problemas. ESTÉVIA – É 300 vezes mais doce que o açúcar. Um envelope de 0,8 g tem o mesmo poder adoçante de 10 gramas de açúcar. A vantagem está no número de calorias. Um envelope possui aproximadamente 2 calorias, contra mais de 40 calorias dos 10 gramas de açúcar. A estévia é uma planta nativa do Brasil e Paraguai, cujas folhas têm um princípio adoçante natural muito potente. As pessoas que consomem estévia geralmente preferem consumir com bebidas mornas ou geladas que ficam mais agradáveis ao paladar. Quem gosta de tomar um café quente talvez sinta diferença no sabor. XILITOL – É um adoçante de origem vegetal, derivado do milho. Em um pacote de xilitol de 5 gramas temos 12 calorias contra 20 calorias do açúcar convencional numa embalagem de mesmo peso. Algumas pessoas mencionam sofrer com desconfortos abdominais ao consumir o xilitol, mas isso se aplica apenas para quem tem sensibilidade ou algo específico com uso de adoçantes. Existem adoçantes em gotas ou em pó, e cada um deles possui suas especificidades. No caso do xilitol é mais recomendado o uso em pó, pois é mais estável neste formato. Na versão em gotas para ele ficar estável, geralmente se faz uma mistura entre dois tipos de adoçantes, o xilitol – que é 100% natural – junto com a sucralose, – obtida por processos químicos – para conseguir um sabor mais palatável. Se for usar o xilitol ou o eritritol, prefira a versão em pó. ERITRITOL – É o mais novo dos adoçantes, substância também extraída do milho não transgênico num processo de fermentação natural. Um envelope de 5g confere zero calorias e adoça o mesmo que 3,5 gramas de açúcar. Algumas pessoas informam que o eritritol tem pouco poder adoçante, por isso, é comum ser necessário usar de 2 a 3 sachês por dose, volume pouco indicado. Assim como o xilitol, ele é mais estável na versão em pó. É importante verificar a embalagem de todos os produtos para saber se tem apenas um elemento na sua composição ou é misturado com demais substâncias. Caso sua dieta recomende a substituição do açúcar refinado por adoçantes, lembre-se de nossas dicas! Conteúdo escrito com base na live: Cuidado! Adoçantes não são todos iguais! Da Dra. Ana Beatriz Guiesser, nutricionista do Instituto de Medicina Sallet.
Pós-Cirurgia Bariátrica: Quando devemos nos preocupar com o reganho de peso?
Você realizou uma cirurgia bariátrica há pouco tempo e está ganhando peso novamente? Será que todo o esforço foi por água abaixo? Calma, pois nem todo ganho de peso deve causar preocupações! Durante os primeiros meses após a cirurgia bariátrica o paciente perde peso de forma significativa e acentuada. Na maioria dos casos, mais de 50% do excesso de peso inicial é eliminado no primeiro ano de cirurgia. Entretanto, após esse período, o corpo passa a se adaptar e alcança um estágio conhecido como “platô” (saiba mais sobre o efeito platô aqui) e a velocidade de perda de peso passa a desacelerar. Em alguns casos, é possível ganhar peso novamente. Não devemos nos preocupar com ganhos de 5% ou 10% em relação ao peso perdido. Isso é perfeitamente normal! Entretanto, se o reganho de peso for acima de 30%, devemos acender uma luz de alerta. O reganho acelerado pode indicar que estejamos cometendo equívocos comportamentais e é necessário recorrer à equipe transdisciplinar para realinhar condutas e terapêuticas precocemente. Na maioria dos casos, a questão está mais relacionada ao comportamento do paciente que ao resultado técnico da cirurgia. Por isso, as consultas com psicólogo, nutricionista e até preparador físico, são indicadas para identificação de pontos de melhoria. CAUSAS FREQUENTES DE REGANHO DE PESO A obesidade é uma doença que possui certa complexidade. Existem multi fatores para que ela permaneça na vida das pessoas e sempre surgem novas dúvidas. O reganho de peso está associado aos 4 pilares dos fatores de origem da obesidade. Saiba quais são: O primeiro é o comportamental. Mais de 90% dos casos de reganho de peso não está relacionado a problemas técnicos da cirurgia, mas sim no comportamento do paciente, que deixa de lado o acompanhamento com a equipe transdisciplinar e volta a praticar hábitos pouco saudáveis. Dietas inadequadas, escolha dos alimentos incorretos, falta de atividades físicas regulares corroboram para o reganho de peso. Mais um ponto a se levar em consideração é a reposição multivitamínica. A deficiência de vitaminas e minerais pode causar compulsão alimentar e isso favorece o reganho de peso. O uso de alguns tipos de medicação provocam o aumento do apetite e retenção de líquidos, como os corticóides em altas doses ou medicações antidepressivas, promovendo assim o ganho de peso. COMO SE TRATA O REGANHO DE PESO? Começando com um diagnóstico correto da causa desse reganho de peso. Através de uma avaliação clínica criteriosa para identificar quais são os fatores responsáveis pelo reganho de peso é possível abordar e esperar respostas sinceras dos pacientes. A partir daí, atuar nestes pontos falhos e trabalhar em conjunto à equipe transdisciplinar, lembrando que o maior responsável pelos resultados é o próprio paciente! Em alguns casos podemos incluir medicações específicas para o controle do reganho de peso, promover ajustes na dieta ou no programa de atividades físicas. A resposta de um paciente bariátrico ao tratamento clínico é muito melhor que a resposta de um paciente que não passou por cirurgia. Se neste diagnóstico for verificado um problema técnico da operação, a indicação é uma cirurgia revisional, ou seja, uma revisão da primeira cirurgia bariátrica realizada. Embora representem situações muito raras e pontuais, estima-se que 2-5% dos pacientes operados precisem passar por uma cirurgia revisional após 10 anos. Caso você esteja ganhando peso de forma rápida, mesmo após a cirurgia bariátrica, é importante agendar uma avaliação individualizada com a equipe responsável por seu tratamento. Não deixe de acompanhar sua saúde, ela é seu maior bem!
Como reverter o reganho de peso em cirurgias bariátricas e metabólicas
A cirurgia bariátrica vem ganhando credibilidade, principalmente, pelos ótimos resultados conquistados nos últimos 20 anos. Porém, devemos ter consciência de que ela não resolve tudo. É fundamental que o paciente esteja disposto a uma significativa mudança comportamental. Tudo começa com a decisão pessoal e evolui para a escolha de uma equipe médica bem preparada, definição da técnica cirúrgica adequada, o apoio da família, o preparo para a cirurgia, os cuidados no pós-operatório e o acompanhamento com equipe transdisciplinar especializada. Um processo bem feito é o que garante bons resultados. No centro de todo este processo está, justamente, o paciente. A cirurgia bariátrica envolve dois órgãos do aparelho digestivo. O estômago – que é responsável pelo armazenamento de alimentos, e o intestino delgado – que é encarregado pela absorção de nutrientes. As técnicas cirúrgicas podem ser aplicadas em um ou em dois órgãos em conjunto. Saiba mais sobre as técnicas cirúrgicas lendo aqui. Seja qual for o procedimento bariátrico aplicado, o objetivo sempre será o auxílio à perda de peso significativa e duradoura. É importante destacar que a cirurgia bariátrica é uma procedimento de alta complexidade e indicado a pacientes que sofram com Obesidade Grau III (obesidade mórbida: IMC > 40) ou Obesidade Grau II (IMC >35) com comorbidades e doenças associadas. A cirurgia bariátrica tem um efeito metabólico muito importante principalmente no paciente com diabetes tipo 2 e uma série de doenças que estão relacionadas ao excesso de peso. A possibilidade de reganho de peso existe e é mais frequente após os primeiros 2 anos da cirurgia. Isso é mais comum entre os pacientes que não aderem a mudança comportamental proposta e não seguem o acompanhamento com equipe transdisciplinar especializada. Essas pessoas podem ter um reganho de peso parcial ou total, geralmente em médio ou longo prazo. A obesidade é uma doença crônica, inflamatória e incurável, que precisa ser acompanhada durante toda a vida. O acompanhamento tem que ser constante e periódico mesmo após a cirurgia bariátrica. DIFERENÇA ENTRE REGANHO DE PESO E A RECIDIVA DA OBESIDADE Conceitualmente, o percentual de reganho de peso pós-cirurgia bariátrica é baseado no total de peso perdido pelo paciente. Se um paciente de 120 kg, 1,80m de altura, tem 40 Kg de excesso de peso e perde 30 Kg, nos primeiros 2 anos da cirurgia, podemos considerar o resultado como ótimo. Já um outro paciente, com 160 kg e 1,60m de altura, perde 40 Kg no mesmo período, ainda precisará perder mais alguns quilos para que seu índice de massa corpórea (IMC) saia da faixa de risco. Calcule seu IMC clicando aqui. O parâmetro de cirurgia bariátrica ou metabólica bem sucedida não é o peso ideal do que seria um paciente não obeso previamente, mas sim, uma perda a partir de 50% do excesso de peso inicial. Esse número é significativo porque ajuda a reverter ou melhorar a maioria das doenças associadas à obesidade e prevenir a recidiva destas futuramente. Um reganho de peso nos primeiros 2 anos de aproximadamente 10% do peso perdido máximo, não deve ser considerado como reganho de peso, mas sim como adaptação fisiológica. A curva da perda de peso no primeiro ano de pós-operatório é bastante acentuada. A partir do segundo ano de cirurgia acontece a estabilização do ritmo de perda de peso. A recidiva (retorno) da obesidade pode ser considerada quando o paciente tem um reganho de peso acima de 30% do volume corporal perdido após a cirurgia. A qualidade de vida deve ser levada em consideração, além de somente a perda do peso em números absolutos. “A maneira mais fácil de termos decepção na vida é esperar mais do que a vida pode dar”. O grande objetivo da cirurgia bariátrica e metabólica é trazer uma qualidade de vida melhor e com saúde, além de reduzir o risco de mortalidade. O benefício estético existe, mas não deve ser colocado à frente dos demais benefícios que a cirurgia traz.
10º Treino Funcional | Instituto de Medicina Sallet
Coloque um tênis confortável, encha a sua garrafinha de água e venha com muita disposição! EVENTO GRATUITO! Sábado, dia 25 de maio de 2019 Horário: das 09h às 13h Local: Sky Hall Terrace Bar – São Paulo Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1327 Será uma manhã repleta de atividades físicas com a supervisão de especialistas, médicos e preparadores físicos para você se exercitar com segurança! Programação As atividades serão divididas em duas turmas: Turma I – das 9h00 às 10h30 Turma II – das 11h00 às 12h30 (horários sujeitos à confirmação) – Recepção dos participantes e credenciamento – Boas-vindas com equipe multidisciplinar (nutricionistas, psicólogos, preparadores físicos) – Coffee break – Alongamento – Dr Marcos e Dr William – Treino funcional com preparadores físicos – Dr Marcos e Dr William – Aula de dança – Encerramento, sorteios e agradecimentos – Dr. José Afonso Sallet – Médico Diretor Instituto de Medicina Sallet Serão distribuídos brindes para os primeiros participantes que fizerem seu credenciamento no local do evento! Não perca!