O Brasil enfrenta anualmente um aumento alarmante na obesidade, estudos mostram que mais de 20% dos adultos estão acima do peso ideal. Associada à hipertensão, doença responsável pelo aumento da pressão arterial, tornam-se problemas de saúde que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo e se transformam em fatores de risco para uma série de outras condições, como problemas cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes tipo 2.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), estima-se que cerca de 35% da população brasileira tenha hipertensão, com uma prevalência ainda maior em pessoas com mais de 60 anos. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, globalmente, mais de 1,9 bilhão de adultos estão acima do peso, sendo que cerca de 650 milhões de pessoas são obesas.
Reconhecida como “assassina silenciosa” por muitas vezes não apresentar sintomas até ocorrer uma complicação grave, a hipertensão é expressa por dois números: a pressão sistólica (quando o coração bate) e a pressão diastólica (quando o coração está em repouso). A doença é diagnosticada quando a pressão arterial se mantém consistentemente acima de 130/80 mmHg.
A correlação entre hipertensão e obesidade
A relação entre essas duas condições é complexa, mas pode ser explicada por vários mecanismos fisiológicos, como o aumento do volume sanguíneo, a resistência à insulina, a constante inflamação, a disfunção endotelial e as alterações hormonais causadas pela obesidade. Essa associação entre as duas condições também está presente nos graus da obesidade e níveis de mortalidade. A hipertensão é uma das principais causas de doenças cardíacas, e a obesidade é um dos maiores determinantes de risco cardiovascular.
O tratamento para ambas as doenças precisa ser multifacetado e pode envolver a prescrição de medicamentos para controlar a pressão arterial, bem como o uso de tratamentos clínicos, endoscópicos ou cirúrgicos para ajudar na perda de peso. Em casos mais graves, intervenções como cirurgia bariátrica podem ser consideradas como soluções rápidas e eficazes. Ao promover a perda de peso substancial, o procedimento pode reduzir a pressão arterial, melhorar a função cardiovascular e reduzir a resistência à insulina. Além disso, muitos pacientes experimentam até mesmo a remissão da hipertensão após a cirurgia, principalmente quando associada à adesão a hábitos saudáveis, como dieta e exercícios.
O controle de uma das condições, pode ter efeitos benéficos para outra, resultando em uma melhoria significativa na saúde geral do indivíduo. No entanto, é essencial que a prevenção e o tratamento dessas doenças sejam abordados de maneira integrada, por meio de mudanças no estilo de vida, acompanhamento médico regular e, quando necessário, o uso de medicamentos. Combater a obesidade e a hipertensão é uma prioridade para reduzir o impacto de doenças crônicas e melhorar a qualidade de vida das populações afetadas. Caso precise de ajuda, entre em contato conosco do Instituto de Medicina Sallet e agende uma consulta.