Em 2025, espera-se que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam com IMC acima de 30, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade. De acordo com uma pesquisa apresentada na conferência da Sociedade de Radiologia da América do Norte de 2025, é estimado que a média de 260 milhões de americanos estarão com sobrepeso ou obesidade até 2050 nos Estados Unidos. Já no Brasil, a doença aumentou em 72% em 13 anos. A condição tem sido um catalisador para uma série de doenças associadas, além de representar um fator de risco iminente para doenças crônicas e incuráveis, como Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer.
Lúpus
A obesidade, responsável por um estado inflamatório generalizado no organismo, apresenta sintomas semelhantes ao processo inflamatório associado ao Lúpus, doença autoimune crônica que impacta o sistema imunológico e pode causar danos a órgãos como pele, rins, articulações e coração. Quando a obesidade está presente, a condição clínica do paciente com Lúpus pode agravar, tornando o controle da doença ainda mais complicado. Além disso, a manifestação de processos inflamatórios, se tornam ainda mais intensos quando ambas as condições coexistem.
Fibromialgia
Já a fibromialgia, doença caracterizada por causar constantes dores em todo corpo, prejudica o sistema nervoso e tem origem desconhecida. Combinada com o excesso de peso, a sobrecarga nas articulações e músculos intensifica a dor, gera pressão adicional nas áreas afetadas e pode causar ainda mais tensão muscular, tornando os sintomas mais incômodos.
Além disso, os níveis de inflamação do corpo causados pela obesidade, mencionados anteriormente, também podem agravar ainda mais os sintomas da fibromialgia, já que a inflamação crônica contribui para a dor e o cansaço, características marcantes da doença.
Alzheimer
Por fim, a obesidade pode afetar de maneira significativa pessoas com o Alzheimer, doença neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o raciocínio e a capacidade de realizar atividades diárias. A relação entre obesidade e Alzheimer é complexa e o excesso de peso pode aumentar ainda mais os riscos de complicações associadas.
Estudos sugerem que a inflamação sistêmica pode acelerar o processo de deterioração neuronal no Alzheimer, prejudicando ainda mais as funções cognitivas e o comportamento do paciente. A obesidade pode, assim, contribuir para um aparecimento mais rápido da doença, principalmente entre homens e mulheres dos 40 aos 50 anos.
Além disso, a obesidade também aumenta o risco de problemas cardiovasculares, como hipertensão, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, que têm sido associadas a um risco maior de desenvolver Alzheimer ou de acelerar sua progressão. O sistema cardiovascular desempenha um papel crucial na saúde do cérebro, e condições como hipertensão e diabetes podem comprometer o fluxo sanguíneo cerebral, dificultando a entrega de nutrientes essenciais e oxigênio ao cérebro. Isso pode agravar a neurodegeneração e aumentar a deterioração das funções cognitivas.
Por fim, a obesidade pode comprometer a habilidade de realizar atividades físicas, causar dificuldades para dormir e afetar o estado emocional. Todas essas questões, somadas aos sintomas das doenças citadas, podem trazer ainda mais dificuldades ao tratamento.
Portanto, manter um peso saudável é uma medida importante no controle da Fibromialgia, do Lúpus e também do Alzheimer. A perda de peso pode ser desafiadora e requer uma abordagem cuidadosa, caso precise, conte conosco do Instituto de Medicina Sallet para um tratamento seguro, confiável e equilibrado.