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Guia completo sobre as injeções para emagrecimento

Nos últimos anos, uma nova classe de medicamentos injetáveis tem ganhado destaque no cenário do tratamento da obesidade e da diabetes tipo 2: os estimulantes do receptor do peptídeo, hormônio semelhante ao glucagon-1 (GLP-1). Nomes como Mounjaro, Wegovy, Ozempic e suas variações têm gerado grande interesse, prometendo auxílio na perda de peso e no controle glicêmico. E com a novidade em tratamentos na busca do emagrecimento, as dúvidas crescem de acordo com o aumento da demanda. 

 

É muito importante, antes de tudo, entender como esses medicamentos funcionam. O GLP-1 é um hormônio que nosso corpo produz naturalmente no intestino e tem várias funções importantes. Ele ajuda a liberar insulina, o que é útil para reduzir os níveis de açúcar no sangue após as refeições. Além disso, o GLP-1 inibe a produção de glucagon, um hormônio que aumenta a glicose no sangue. Por fim, ele também atrasa o esvaziamento do estômago, fazendo com que a sensação de saciedade dure mais tempo, e age em áreas do cérebro para diminuir o apetite.

 

É fundamental frisar que esses medicamentos não são uma solução mágica para emagrecer e não são adequados para todos. A decisão de iniciar o tratamento com uma das injeções deve ser tomada em conjunto com um médico especialista (endocrinologista, cirurgião bariátrico, metabologista), após uma avaliação completa do histórico médico, estilo de vida e outras condições de saúde do paciente.

 

O tratamento

 

O tratamento com esses medicamentos normalmente consiste em injeções subcutâneas, que são aplicadas sob a pele, uma vez por semana. O médico geralmente começa com uma dose baixa e aumenta gradualmente para reduzir os efeitos colaterais. Entre os benefícios potenciais, está a possibilidade de perda de peso significativa, como demonstrado em estudos clínicos que mostram resultados expressivos, especialmente com doses mais altas. Além disso, há uma melhora no controle da glicemia, com a redução dos níveis de açúcar no sangue e da hemoglobina glicada (HbA1c) em pacientes com diabetes tipo 2. Alguns estudos também indicam benefícios cardiovasculares, como a diminuição do risco de eventos cardíacos em pessoas com diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares já diagnosticadas. Por último, a perda de peso pode ajudar a melhorar outras condições de saúde, como apneia do sono, hipertensão e colesterol alto.

 

Como qualquer medicamento, os análogos do GLP-1 podem causar efeitos colaterais, que geralmente são leves a moderados e tendem a diminuir com o tempo. Os mais comuns incluem náuseas, especialmente no início do tratamento e durante o aumento da dose; Vômitos; Diarreia ou constipação; Dor abdominal, e azia ou refluxo. Efeitos colaterais mais raros, mas que devem ser mencionados pelo médico, incluem pancreatite, problemas na vesícula biliar e, em estudos com animais, um aumento no risco de tumores de tireoide (a relevância para humanos ainda está sendo investigada).

 

Antes de iniciar o tratamento, algumas considerações importantes devem ser levadas em conta. É crucial informar o médico sobre todas as condições de saúde preexistentes, alergias e medicamentos utilizados, incluindo suplementos e fitoterápicos. Deve-se entender que esses medicamentos são ferramentas para auxiliar na perda de peso e no controle glicêmico, mas não substituem um estilo de vida saudável, que inclui dieta equilibrada e atividade física regular. E o tratamento é geralmente de longo prazo, e a interrupção sem orientação médica pode levar à recuperação do peso perdido ou ao descontrole glicêmico. 

 

Além disso, esses medicamentos podem ter um custo elevado, e a cobertura por planos de saúde pode variar, sendo importante verificar a disponibilidade e os custos envolvidos. É essencial manter consultas regulares com o médico para monitorar a eficácia do tratamento, ajustar a dose se necessário e identificar e manejar quaisquer efeitos colaterais. O sucesso do paciente depende de uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir o acompanhamento de nutricionistas e educadores físicos.

 

Antes de iniciar o tratamento, é recomendável discutir algumas questões essenciais com o médico, como se o paciente é um candidato adequado para este tipo de medicamento, quais são os benefícios esperados no caso específico do paciente, quais são os possíveis efeitos colaterais e como podem ser manejados, qual é a dose inicial e como será o aumento gradual, por quanto tempo será necessário usar a medicação, como este medicamento interage com outros que o paciente utiliza, qual é o custo do tratamento e se há opções de cobertura, quais são as mudanças no estilo de vida que precisam ser adotadas em conjunto com a medicação e com que frequência será necessário o acompanhamento médico.

 

A decisão de iniciar esse tratamento deve ser cuidadosamente considerada, com base em uma avaliação médica completa e uma compreensão clara dos benefícios e riscos envolvidos. Por fim, é fundamental consultar um médico de confiança, esclarecer todas as dúvidas e trabalhar em conjunto com o profissional para determinar se essa é a melhor opção para a jornada de saúde do paciente. Caso precise de ajuda, conte conosco do Instituto de Medicina Sallet.

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