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Tratamento medicamentoso pós-bariátrica: estratégias para o controle do reganho

A medicina avança cada dia mais no desenvolvimento de intervenções e tratamentos com novas estratégias para combater a obesidade e também, o reganho de peso após cirurgia bariátrica. O procedimento é uma ferramenta eficaz no tratamento da obesidade grau II e III e de suas comorbidades. No entanto, alguns pacientes podem experimentar reganho de peso nos anos subsequentes ao procedimento. Esse fenômeno, multifatorial por natureza, pode ocorrer por questões comportamentais, anatômicas, metabólicas ou hormonais.

 

Rega­nho de peso pós-bariátrico: um desafio real

 

Apesar da eficácia inicial da cirurgia bariátrica — como o bypass gástrico e a gastrectomia vertical (sleeve) — estudos indicam que entre 20% e 35% dos pacientes podem recuperar parte do peso perdido, principalmente após 2 a 5 anos do procedimento. Fatores como alimentação inadequada, sedentarismo, distúrbios emocionais, dilatação da bolsa gástrica ou da anastomose e a adaptação metabólica contribuem para esse quadro. Nos últimos anos, medicamentos injetáveis voltados ao controle do apetite e metabolismo têm se destacado como alternativa para esses casos.

 

Medicamentos injetáveis: uma nova frente terapêutica

 

Entre as medicações injetáveis utilizadas no controle do peso, destacam-se principalmente os agonistas do receptor de GLP-1 (glucagon-like peptide-1), uma classe originalmente desenvolvida para o tratamento do diabetes tipo 2. Esses medicamentos atuam simulando a ação desse hormônio intestinal que regula o apetite, a saciedade e a motilidade gástrica.

 

Quando o uso das canetas é indicado?

 

O uso de medicamentos injetáveis deve ser considerado em pacientes pós-bariátricos que:

  • Apresentam reganho significativo de peso (geralmente >10% do peso mínimo atingido).

  • Não conseguiram resposta adequada com mudanças no estilo de vida.

  • Não apresentam contraindicações clínicas aos remédios.
  • Mostram motivação para aderir ao tratamento multidisciplinar.

É fundamental que o tratamento seja individualizado e conduzido por equipe especializada (endocrinologista, nutricionista, psicólogo e cirurgião bariátrico).

 

Resultados esperados e monitoramento

 

Embora a resposta varie entre indivíduos, muitos pacientes conseguem recuperar parte do peso perdido após o uso dos injetáveis, além de melhora na compulsão alimentar, controle glicêmico e qualidade de vida. O acompanhamento clínico é essencial para:

  • Ajuste da dosagem.

  • Manejo de efeitos colaterais.

  • Monitoramento laboratorial.

  • Integração com outras estratégias: reeducação alimentar, exercício físico e, quando necessário, intervenção endoscópica ou cirúrgica.

 

O reganho de peso após cirurgia bariátrica é um desafio frequente, mas não representa fracasso do tratamento. Com os avanços na medicina, os medicamentos injetáveis, especialmente os agonistas do GLP-1, vêm se consolidando como aliados importantes para o controle do peso nessa população. O sucesso, porém, depende da abordagem contínua, multidisciplinar e centrada no paciente. Caso precise, conte conosco do Instituto de Medicina Sallet.

 

 

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